quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Flagrante - Lula e Sérgio Cabral

Lula e Sérgio Cabral falando espontaneamente.

O flagrante abaixo, enviado pelo Dudu, apesar de curto, é bastante esclarecedor sobre a relação torta entre a população carente e os políticos brasileiros. O vídeo, filmado através de uma câmera digital simples, é obra do menino Leandro, que na época tinha 17 anos.
Segundo o advogado Ricardo Gama, que publicou o vídeo na internet, Leandro faz “marcação cerrada” no governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, desde que este teria, segundo o jovem, lhe prometido um notebook que nunca foi entregue.
Todas as vezes que encontra Cabral, Leandro registra o evento. Dessa  vez, não foi diferente: o jovem filmou a visita do governador a um complexo esportivo de sua comunidade na companhia do presidente Lula e, segundo Gama, da candidata Dilma Rousseff, que não aparece no vídeo.
O início já é chocante. O menino diz que seu esporte preferido é tênis e pergunta por que não há jogos da modalidade no local. Lula responde que “Tênis é esporte da burguesia, p*%rra!” e, em seguida, sugere que Leandro pratique natação. O jovem então responde: “A gente não pode entrar na piscina!”.
Antes que Lula esboçasse qualquer reação, Cabral pergunta ao menino –  em tom quase debochado, diga-se de passagem – por que a população não  poderia entrar na piscina. Leandro, que não é governador, não tinha a  resposta.
Nesse momento, há um corte no vídeo e Lula aparece falando com  pessoas que, aparentemente, são responsáveis pelo complexo. O  presidente, visivelmente preocupado com a imagem, avisa: “O  dia que a imprensa vier aí e pegar um final de semana com essa p*%rra  fechada, o prejuízo político será infinitamente maior que colocar dois  ‘guarda’ aí. Coloca dois ‘guarda’ aí. Coloca ‘o Bombeiro’ para tomar  conta e abre isso.”. Cabral concorda.
Depois, abraçado com o presidente, Leandro reclama que todo dia acorda com o barulho do Caveirão, nome popular do carro blindado usado pelo BOPE em incursões nas favelas. Cabral, ao lado, pergunta: “Caveirão ou traficante na porta, ‘malandragem’?”.  Leandro reafirma o que disse, alega ter vídeos para comprovar e ainda  ouve risadas quando fala que na rua onde mora não há tráfico de drogas.
No fim, Cabral chama o menino de “otário” e sugere: “Coloca essa inteligência toda para estudar, sacana.”. Foi o desfecho ideal para o jovem, além de dizer que vai sempre á escola, corrigir o governador e mostrar que tem nome: “Leandro.”.






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